diversos
O Universo é regido por leis naturais, ensina-nos a ciência e a doutrina racionalista cristã. Nele não há lugar para milagres ou imprevistos. Tudo que acontece tem uma causa e toda causa provoca um efeito. Descobrir essas leis é uma tarefa que o ser humano vem desenvolvendo desde épocas remotas. Muitas vezes seus esforços são recompensados com a emoção e o prazer do sucesso. Contudo não são raras as decepções, seja por descobrir que se enveredou por caminhos enganosos, seja pela frustração causada por uma experiência malfeita ou por uma teoria mal elaborada. Mesmo assim, o desânimo nunca se abate sobre o pesquisador. Quando tem de recomeçar, não pensa duas vezes, arregaça as mangas e volta às suas pesquisas. As leis naturais são imutáveis. As leis que valiam no passado continuam valendo no presente e perdurarão no futuro. Disso não podemos ter dúvidas. Sem esta certeza, como poderia a ciência progredir? Se as leis naturais mudassem com o tempo, que sentido teria desenvolver teorias? De que serviriam os esforços para desvendar essas leis se elas podem mudar amanhã?
Além da imutabilidade das leis (não do Universo, entenda-se; este está em constante mutação) outra certeza está expressa no princípio da totalidade, enunciado por Murray Gell-Mann: tudo o que pode acontecer, acontece. Não devemos nos confundir, o princípio da totalidade não significa que o que vai acontecer já está determinado. Não de trata de um determinismo matemático ou filosófico. Talvez refraseando seu enunciado as ideias fiquem mais claras. Vamos, então, enunciar o princípio da totalidade da seguinte forma: se algo acontece, é porque pode acontecer; se não acontece, é porque não pode acontecer. Ainda em outras palavras, somente acontece, e realmente acontece, o que estiver de acordo com as leis naturais.
Os físicos se dedicam a descobrir as leis que regem o universo físico. Essas leis são necessariamente expressas numa linguagem universal, de forma que seus enunciados não