Diversidade e cultura
Ao se falar em pluralidade cultural, não se está enfatizando apenas o estudo e o respeito ao que se costuma considerar diferente ou pertencente a outras culturas, fora do território nacional, mas as diferenças étnicas e culturais, as desigualdades socioeconômicas, as relações sociais discriminatórias e excludentes presentes no território nacional e que compõem os diversos grupos sociais.
O Brasil é uma sociedade plural: além das diferentes etnias que formam o povo brasileiro, há ainda imigrantes de diferentes países e as migrações internas, o que coloca em contato uma variedade enorme de características culturais.
As regras de convivência (do grupo, comunidade, instituição...) são históricas e culturais, em permanente processo de reelaboração.
Sendo assim, é possível ensinar e buscar formas de participação social que ajudem na construção de uma cidadania, constituídas de pessoas ativas, conscientes de seus deveres e comprometidas com a conquista dos direitos humanos. A prática participativa permite questionar os valores e os interesses que sustentam a sociedade.
Promover espaços participativos é educar para a vida. Somente assim será possível o respeito e a valorização das diferenças presentes em nosso território brasileiro. Se isso não acontecer, alguém será excluído, e esse alguém com certeza será o mais fraco. Isso é um desafio e um compromisso da escola para a formação de uma sociedade democrática, justa, igualitária e solidária.
A INVENÇÃO DA INFÂNCIA
O filme enfoca com ênfase a questão dos contrastes existentes em situações sociais diferenciadas que se cruzam no ponto comum: crianças vivendo como adultos.
Para as crianças inventa-se a infância quando se decide deixá-las brincar, irem à escola e ”ser criança”. Partindo desta visão, as crianças pobres são vistas como meio de ajuda a família, assim, algumas mães relatam no filme a perda de muitos filhos devido à situação precária e reclamam da perda deles por não poderem ajudar no