Diversidade rupreste
Agência FAPESP
Definir ações concretas e duradouras para restaurar um dos ambientes de maior diversidade biológica do Brasil é a meta do projeto "Diversidade florística e padrões sazonais dos campos rupestres e cerrado", de professora Leonor Patrícia Cerdeira Morellato, professora titular do Instituto de Biociências da Unesp, em Rio Claro. A pesquisa integra a rede Recuperar, aprovada em chamada de propostas lançada em 2010 pelas fundações de amparo à pesquisa (FAPs) dos Estados de São Paulo (FAPESP), de Minas Gerais (Fapemig), do Pará (Fapespa) e Vale S.A. O Brasil tem inúmeras zonas de vida e formações vegetais. Entre os principais tipos de vegetação se destacam florestas (amazônica, pluvial atlântica, ombrófila mista e outras), cerrados e campos. Algumas delas estão entre as mais diversas do mundo, com elevado endemismo local – restritas a ecossistemas específicos. No entanto, a maior parte dessa biodiversidade ainda é pouco estudada e compreendida. O país contabiliza vários hotspots (áreas críticas com prioridade de conservação), como os campos rupestres. Formada em solos rasos e pobres em nutrientes, combinados com a alta concentração de alumínio e com o relevo movimentado – resultante do soerguimento – de afloramento rochoso a altitudes superiores a 900 metros, essa vegetação tem vasta riqueza de flora – estimada em mais de 4 mil espécies – e endemismos. “Rica em quartzo e ferro, a área de estudo apresenta ravinas, sulcos e voçorocas por toda parte, que são, geralmente, causadas pela mineração. Por conta do ecossistema frágil e de baixa resiliência, dificilmente os campos rupestres conseguem se regenerar de forma espontânea”, disse Patrícia à Agência FAPESP. “O principal enfoque de nosso projeto de pesquisa será fornecer tecnologia ou caminhos para a recuperação e manejo dessa vegetação que hoje é suscetível a muitas ameaças. O objetivo da rede Recuperar é avançar em propostas”, explicou. Até 2015, cientistas de