DITADURAS NA AMÉRICA LATINA
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DITADURAS NA AMÉRICA LATINA Depois dos portugueses e espanhóis, o domínio britânico sucede ao ibérico no século XIX, promovendo seu desenvolvimento através da exploração das riquezas dos países latino-americanos e mantendo seu jugo através da violência e suplantando qualquer tentativa de independência por parte desses países. A Guerra do Paraguai, ocorrida nos anos de 1865 a 1870, é o maior exemplo dessa estrutura imperialista: Brasil e Argentina, sob influência britânica, promoveram um conflito bélico contra a nação guarani, que, à época, era a mais industrializada do continente, e que se afirmava como comercialmente independente. Essa guerra teve como resultado o maior genocídio da história latino-americana: 1,3 milhão de mortos (a população era de 1,8 milhão de pessoas). Ademais, por conta dessa guerra, deu-se o enfraquecimento do Paraguai, que até hoje sofre a ingerência brasileira e argentina. Com o declínio britânico no século XX, surgem os EUA como nova potência gestora da América Latina, continuando a exploração de séculos e séculos por meio do controle econômico e político do continente. O marco da intervenção norte-americana no nosso continente data de 1898, quando os EUA derrotaram a Espanha na batalha pela independência de Cuba. Após a vitória, os norte-americanos se apossaram dos direitos políticos e econômicos cubanos, mantendo-os até 1959, quando Fidel Castro e seus guerrilheiros realizaram a Revolução Cubana que destituiu o governo de Fulgencio Batista e proclamou a independência de Cuba em face dos EUA, cortando relações com este país. Essas ingerências norte-americanas perduram, mas, após a Segunda Grande Guerra (1939-1945), com o início da Guerra Fria entre EUA e URSS, a região passa a sofrer diversos golpes militares, com instauração de ditaduras apoiadas pelos EUA, sob o pretexto de combate ao comunismo, prevalecendo-se da tendência, agora acentuada, dos países latino-americanos de excluir as massas de qualquer participação