ditadura
O período em que o Brasil foi governado por um regime militar, também chamado de ditadura, foi um momento marcado pela obscuridade das forças armadas, que utilizaram de todo o poder que detinham, para evitar as oposições e a liberdade dos indivíduos. O então presidente João Goulart, que era acusado de tentar transformar o Brasil em um país comunista, não resistiu ao golpe dos militares. No período de 1964 a 1985, cinco generais sucederam-se na presidência da República: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo. Neste trabalho, vamos retratar o governo Costa e Silva, considerado um dos principais para o entendimento deste regime, pois durante o seu mandato, cresceram as manifestações públicas contra a ditadura militar, e porque ele foi o responsável pela institucionalização do regime autoritário.
Governo Costa e Silva
Assumindo a presidência em março de 1967, Costa e Silva era conhecido pelas suas ideias radicais de direita enquanto Ministro da Guerra do governo anterior. Já havia feito parte do movimento tenentista em 1922, quando foi preso e anistiado, e dez anos mais tarde, em 1932, participou da Revolução Constitucionalista que aconteceu em São Paulo.
Na área econômica, o período foi de crescimento, sendo considerado o início do milagre econômico brasileiro, conciliando expansão industrial, facilidade de crédito, política salarial contencionista e controle da inflação em torno de 23% ao ano. No campo administrativo, o governo criou, em 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral) e transformou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI) em Fundação Nacional do Índio (Funai). Foram criadas ainda a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e a Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM). Ao longo de seu mandato, o general acenou com a possibilidade de retorno à normalidade institucional, ou seja, da volta da democracia. Mas o presidente justificou a permanência dos militares no poder e a gradual radicalização do