ditadura no uruguai
instituições políticas. Durante a década de 1960 houve um processo de declínio social e econômico com um notável aumento dos conflitos, que incluiu a luta armada através da "guerra de guerrilhas", protagonizada por grupos extremistas, entre os quais se destacou o "Movimento de Libertação Nacional". Também contribuíram para tais conflitos, a disseminação de idéias por outras organizações como a "Convenção Nacional de Trabalhadores" e grupos de extrema direita como o "Esquadrão da morte" e a "Juventude Uruguaia de Pie". As Forças Armadas foram assumindo uma crescente influência política, até que finalmente, com o apoio do então presidente uruguaio, Juan María Bordaberry, deram um golpe de estado.
O discurso feito por Bordaberry em 27 de junho de 1973 através do rádio e televisão é um marco do início da ditadura no país. Neste dia, o presidente Juan María Bordaberry com o apoio das Forças Armadas, fechou o Senado e a Câmara de deputados e indicou a criação de um Conselho de Estado para substituir as funções legislativas, alegando ter como objetivo projetar uma reforma constitucional que reafirme os princípios republicanos-democráticos.
Três dias após seu discurso, Juan tornou ilegal a Convenção Nacional de Trabalhadores, prendendo seus dirigentes.
Em 1975, Juan María Bordaberry instituiu o chamado Conselho da Nação, um órgão executivo onde os representantes não teriam que ser eleitos pelo voto popular, e seria constituído por civis como ex-presidentes da República, membros da Suprema Corte de Justiça, figuras de grande relevância nacional e por membros das Forças Armadas. Os conselhos posteriores seriam formados por cooptação, ou seja, a escolha dos membros é dada pelas pessoas que compunham o conselho anterior.
Em junho de 1976, Juan María Bordaberry expôs para as Forças Armadas novas medidas para o governo ente as quais envolviam:
A destituição dos partidos políticos;