Ditadura no Uruguai
Na América do Sul, assim como nos países do Cone Sul, o Uruguai também enfrentou um processo de ditadura militar nos anos 70. Até a década de 60, o país era uma espécie de “Suíça da América”, fato decadente durante a década de 60. O país caiu numa crise econômica e social que gerou movimento guerrilheiro articulado pelos Tupamaros. A guerrilha urbana dos Tupamaros foi base para a implantação da ditadura militar em 1973.
O Uruguai, principalmente naquela época, sempre foi um país dependente das potências capitalistas centrais, das quais provinha o preço, as armas, os carros e o pensamento. A militarização do Uruguai não correspondeu a nenhum projeto expansionista, assim como ocorrera no fascismo e no comunismo soviético.
CONSEQUÊNCIAS
Como conseqüência direta da repressão estatal aparecem os movimentos abocados à defesa e promoção dos direitos humanos. Nesse contexto de ausência de canais de expressão cidadã, o movimento por Direitos Humanos procurava melhor tratamento para os presos políticos. Posteriormente, esses movimentos tiveram papel fundamental nas negociações da saída democrática.
O Uruguai chegou a ter cerca de cinco mil presos políticos, abrangendo sindicalistas, intelectuais e políticos. A falência da ditadura ocorreu nos anos 80, em virtude do agravamento dos problemas estruturais do país.
Pode-se concluir que a sociedade uruguaia não esta contente com as impunidades dos militares e policiais que atuaram na ditadura militar, e que este assunto ai permanecer sendo alvo de divergências e divisões entre a população. Com a manutenção da Lei de Caducidade de Proteção Punitiva do Estado revela-se que a vítima e os familiares acabam por sofrer duas vezes: a primeira quando teve seus direitos humanos e socais violados entre os anos de 1973 e 1985, e a segunda perdura até hoje quando se tem de aceitar que tudo o que sofreu vai permanecer na impunidade e que a justiça protege os responsáveis pelos atos desumanos e