Ditadura Militar
Pode-se definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta fase que também se pode denominar “Anos de Chumbo” foi de 1964 a 1985 durando exatos 21 anos. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura e perseguição política e repressão aos que eram contra o regime.
O golpe se deu depois de uma grande mobilização das tropas mineiras e paulistas, que resultou na renúncia de Jango e no início da era de Castelo Branco. Seu governo foi caracterizado por uma posição autoritária e pela criação da Constituição de 1967, que positiva o governo militar e todos os seus braços de atuação. Nos primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os setores politicamente mais mobilizados. Milhares de pessoas foram presas de modo irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum, especialmente no nordeste.
A junta baixou um “Ato Institucional”. Uma invenção do governo militar que não estava prevista. O AI-5 foi instituído pelo presidente Arthur da Costa e Silva, baixado em 13 de dezembro de 1968, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira. Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeito duradouro. Definiu o momento mais duro do regime dando poder aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.
Após este período o primeiro presidente eleito pelo voto indireto foi Tancredo Neves, porém ele adoeceu e morreu antes mesmo de sua posse, ficando em seu lugar seu vice José Sarney. Já o primeiro presidente civil eleito pelo povo foi Fernando Affonso Collor de Melo, mas o mesmo acabou sendo afastado temporariamente da presidência em decorrência do processo de Impeachment.
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresentava vários problemas. A inflação era alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de