Ditadura Militar
Após a tomada do poder, os militares criaram em 9 de abril de 1964 o Ato Institucional Número Um, ou seja, o AI-1, que consistia em 11 artigos que fortalecia o governo militar, dando o poder para modificar a constituição, anular mandatos legislativos, interromper direitos políticos, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República. A idéia era mesmo “tirar do caminho” todos que de alguma forma iam contra a política ditatorial.
Durante o período, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder Executivo sobrepondo-se aos demais poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura, a liberdade de expressão e de organização era quase que inexistente devido à repressão violenta que a população enfrentava.
Alguns defensores da ditadura usam como argumento de defesa o fato do período ter sido marcado também por grandes transformações na economia do Brasil, de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de