Ditadura Militar
Ditadura militar é uma forma de governo onde o poder político é efetivamente controlado por militares. Como qualquer ditadura ou regime, ela pode ser oficial ou não. Também existem formas mistas, onde o militar exerce uma influência muito forte, sem ser totalmente dominante.
Podemos definir como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime.
A implantação da ditadura começou com o Golpe de 1964, quando as Forças Armadas do Brasil derrubaram o governo do presidente constitucional João Goulart e terminou quando José Sarney assumiu o cargo de presidente.
A intervenção militar foi apoiada e estimulada por várias autoridades, como Magalhães Pinto, Adhemar de Barros e Carlos Lacerda, governadores dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro e respectivamente com apoio da oposição ligada aos militares, religiosos conservadores, o empresariado, a classe média nacional e os grandes veículos de comunicação.
O regime militar brasileiro inspirou o modelo de outros regimes militares e ditaduras por toda a América Latina, sistematizando a “Doutrina de Segurança Nacional”, que justificava ações militares como forma de proteger o “interesse da segurança nacional” em tempos de crise.
2 ANTECEDENTES
2.1 A renúncia de Jânio Quadros
Jânio Quadros que governou em 1961, foi eleito com enorme apoio popular. A vitória imperativa fez com que ele acreditasse em um autogolpe de Estado. Crendo que o povo o apoiaria sempre, arquitetou um plano de renúncia para voltar ao poder na expectativa do Congresso não aceitar, pois os parlamentares mais conservadores, o alto comando das Forças Armadas e os eleitores que o elegeram, não aceitariam que o governo fosse entregue ao vice João Goulart, politicamente ligado à esquerda