Distribuição
30) B
R A S Í L I A
,
2 1
D E
A B R I L
D E
2 0 1 0
C
O R R E I O
B
R A Z I L I E N S E
Fotos: Cadu Gomes/CB/D.A Press
VIVER NAS ÁREAS
IDEALIZADAS POR
LUCIO COSTA
SIGNIFICA TER
ACESSO FÁCIL AO
VERDE E A UMA
SÉRIE DE SERVIÇOS
ESSENCIAIS. ESPAÇOS
ABERTOS EMBAIXO
DOS PRÉDIOS
PERMITEM ÀS
CRIANÇAS BRINCAR
À VONTADE
Iphan/Reprodução
Croqui de uma superquadra desenhada por
Lucio Costa
HELENA MADER
“
O
acesso é livre, não há grades nem guaritas. Os prédios têm altura limitada e foram construídos sobre pilotis, para que os pedestres circulem livremente. O verde está por toda parte: nos jardins bem cultivados pela comunidade ou nas árvores frondosas que cercam os edifícios. Os carros transitam em baixa velocidade, garantindo a segurança das crianças que brincam pela região. O projeto do urbanista
Lucio Costa para as superquadras residenciais trouxe qualidade de vida para os moradores da cidade e hoje resume com perfeição o espírito da capital federal. Essa nova e peculiar maneira de viver é um dos símbolos de Brasília. Em meio a tantas siglas de endereços, SQN, SQS e SQSW são letras que já entraram no cotidiano dos brasilienses.
Enquanto a maioria das cidades brasileiras se refugia em condomínios fechados, as superquadras de Brasília — abertas e democráticas — estão mais valorizadas do que nunca.
Ao mesmo tempo em que permite a circulação de pessoas, o pilotis dos prédios garante a visibilidade e, portanto, a segurança. Nas quadras do Plano Piloto, o “chão é livre”, como definiu Lucio Costa. Não há restrições de acesso, e o espaço desobstruído embaixo dos prédios dá sensação de liberdade.
Cada unidade residencial tem um único acesso para os carros, o que garante o trânsito de veículos com velocidade mais baixa. Ao lado de cada conjunto de 11 prédios, há uma rua comercial, onde a comunidade pode fazer compras e ter acesso aos serviços de primeira necessidade. A arquiteta Maria Elisa