disfunções estética
1. Fibro edema gelóide ou celulite?
O termo correto para designar alterações do relevo cutâneo é fibro edema gelóide. Este é popularmente conhecido como celulite. Entretanto, é uma comparação errônea, uma vez que ambos os termos designam coisas distintas.
Celulite, do latim cellullite, significa inflamação no tecido celular. Algumas vezes, pode ser confundida erroneamente com uma patologia de mesmo nome e de características condizentes com o termo, porém tratada exclusivamente pela classe médica (GUIRRO & GUIRRO, 2002).
Além de ser considerado visualmente desagradável por grande parte das pessoas, o fibro edema gelóide, do ponto de vista estético desencadeia disfunções álgicas nas zonas acometidas e diminuição das atividades funcionais. Provoca sérias complicações, dentre elas dores intensas e problemas emocionais (GUIRRO & GUIRRO, 2002), como diminuição da auto-estima e quadros depressivos.
Conforme descrito por Guirro & Guirro (2002), as quatro evidências clínicas observadas durante a palpação do FEG, classicamente conhecida como “tétrade de Ricoux” são: aumento da espessura do tecido celular subcutâneo, maior consistência tecidual, maior sensibilidade à dor, diminuição da mobilidade por aderência aos planos mais profundos.
Conforme o grau, o FEG pode ser identificado por testes simples, seguros e não invasivos. Em graus mais elevados, o mesmo apresenta sinais que mesmo a olho nu é possível identificá-lo: tecido flácido, com relevos e depressões, dificilmente sendo confundida com outra patologia.
Quando for avaliar, o profissional da estética deverá solicitar ao seu cliente que permaneça em posição ortostática (de pé), especialmente porque em decúbito ventral ou lateral a força gravitacional favorece a acomodação dos tecidos, podendo então mascarar o real estado dos mesmos. Coloração tecidual, varizes, estrias, dor à palpação, dentre outros sinais, podem também estar presentes (GUIRRO & GUIRRO, 2002).