discussão microbiologia
FIPMoc
Discussão de sessão anátomoclínica:
Fibroadenomas
Montes Claros
Maio de 2013
1- Relato de Caso: Paciente de sexo feminino, 11 anos de idade, previamente sadia, apresenta-se com uma massa dolorosa, de crescimento rápido, da mama direita (Figuras 1 e 2). O tumor envolve toda a glândula mamária, deformando a aréola, é móvel e indolor à apalpação, apesar de a paciente referir dor vaga na região. Foi observado ingurgitação venosa no nível da pele. O diâmetro maior da massa é de aproximadamente 7,0 cm. O exame da mama contralateral é normal. Não foram constatadas adenopatias axilares Abordagem do tumor por uma incisão na prega submamária, realizando a dissecção pelo plano capsular, liberando as aderências entre a massa e o tecido mamário subjacente. A cirurgia se deu de modo o mais conservador possível e muito restrito com a hemostasia, para evitar assim hematomas ou coleções no pós-operatório. Extremaram-se os cuidados para não lesionar a pele nem a aréola, já que ela se encontrava muito próxima ao tumor. Era uma massa esbranquiçada, de bordas definidas, dura. Não foi realizada biópsia por congelação. Todo o material foi enviado para Anatomia Patológica.
1- Discussão: A provável hipótese diagnóstica deste caso acima é de fibroadenoma gigante juvenil, porém, antes, será elucidado brevemente o fibroadenoma em geral. O fibroadenoma é uma lesão benigna que ocorre em 25% das mulheres de forma assintomática, sendo 13 a 20% dos casos, a forma múltipla. Este é o tumor benigno mais comum da mama feminina, sendo que muitos ocorrem em mulheres jovens, entre os 20 e 30 anos. O quadro clínico característico é a presença de tumor palpável, de consistência fibroelástica, móvel, indolor, de 2 a 3 cm em seu maior diâmetro, apresentando crescimento rápido inicial, que se estabiliza, podendo manter-se inalterado por muitos anos. Pode ser único, múltiplo ou