Discuss O Sobre Estat Stica Descritiva
Neste artigo os autores pesquisaram sobre o ensino de estatística no ensino fundamental II em Lavras, e perceberam que a maioria dos professores havia cursado a disciplina de Estatística no seu processo de formação. Apesar desse fato, quando abordam conceitos estatísticos, o fazem de maneira estritamente descritiva, com excesso de formalismo e sem contextualização.
No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) recomendam para o ensino fundamental a abordagem de temas como Probabilidade e Estatística, que compõem, com a Combinatória, o bloco de conteúdo denominado "Tratamento da Informação", do currículo de Matemática. O ensino desses assuntos tem como um dos objetivos "o desenvolvimento de formas particulares de pensamento e raciocínio envolvendo fenômenos aleatórios, interpretando amostras, fazendo inferências e comunicando resultados por meio da linguagem estatística" (Brasil, 1998, p.134). Logo, fica evidente que todos os esforços devem ser empregados para que o ensino de Estatística seja implementado de maneira eficaz e efetiva no âmbito escolar.
Entretanto, uma das maiores dificuldades encontrada por Yumi em se trabalhar com Probabilidade e Estatística no ensino fundamental é que professores de Matemática não tiveram, durante o seu processo de formação, uma discussão sob os aspectos relacionados à didática da Estatística. Assim, muitas vezes, eles apresentam tais conteúdos de forma descontextualizada, priorizando o uso excessivo de fórmulas, que muitas vezes não fazem sentido para os alunos, opondo–se, dessa forma, à exploração de situações que envolvam aproximação, aleatoriedade e estimação. Essa falta de vivência no "modo estatístico de pensar" parece implicar não só em uma abordagem meramente tecnicista dos métodos estatísticos, como também em um certo desconforto, por parte dos professores, em