discriminação racial
Considerando que a Declaração Universal dos Direitos do Homem dispõe que "todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, ou qualquer outra riqueza, nascimento ou qualquer outra condição", estabelece ainda que "todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos.”
É difícil afirmar como e em qual período da história o racismo teve ponto inicial, porém o que se sabe é que já existem vários relatos de restrições a determinados tipos de pessoas por conta de sua raça. “Afirma-se que o mais antigo exemplo de racismo diz respeito a uma escritura acima da segunda catarata do Nilo no Egito feita a cerca de 2000 a.C. Consta que a partir daquele marco fica proibida a passagem de negros, exceto com o propósito comercial” (AZEVÊDO, 1987, p. 23). “Há, porém um contraponto a respeito da caracterização desta escritura, pois em outras histórias afirma-se que as escrituras próximas ao Nilo nada mais eram que a proibição da passagem dos “núbios”1, antigos inimigos dos povos egípcios, traduzida de maneira errada pela visão preconceituosa dos europeus” (LOPES, 2007, p.16).
Tendo em conta as considerações comentadas acima, o racismo é desde a antiguidade, a inferiorização do diferente, do selvagem, do bárbaro, entre outros. Segundo Lopes “o racismo é uma ilusão de superioridade. O racista acha-se superior àquele a quem se compara: ele nasceu para mandar e o outro, visto como inferior a ele, para obedecer. O racismo, então, é antes de tudo uma expressão de desprezo por uma pessoa. Às vezes não por causa de suas características, mas por aquela pessoa pertencer a outro grupo” (LOPES, 2007, p. 19-20).
Na antiguidade o racismo sempre esteve presente, por exemplo, na forma de escravidão. O mundo antigo está cheio de denominações racistas, Platão na sua obra “A República”, definia que o estado ideal