Discorra sobre as transformações históricas no código de ética do Serviço Social apontando as características em cada período e os impactos na atuação dos profissionais de Serviço Social.
O primeiro Código de Ética da profissão datado de 1947, era ligado ao pensamento católico e tinha uma visão homogênea da profissão. Era apenas o início das diretrizes, mas que não foram sancionadas, caracterizando-se por seu aspecto normativo e conservador. O Código de Ética datado de 1965 consolida-se então pautado na ênfase de defender as famílias e integrando as classes através de ordem justa e solidária, cuja proposta era desenvolver-se de forma harmônica e moralista, reforçando a liberdade social, mas mantendo o moralismo e o conservadorismo do Código anterior, porém sob as bases neotomistas. O Código de Ética de 1975 era guiado pela continuidade da moral acrítica, neutralidade e pela ideologia funcionalista que defendia o bem comum, a ordem e a coerção social. Em 1979, no “Congresso da Virada” passa a ter novas reflexões sobre o exercício profissional com a introdução do Marxismo. Com isso acontece a ruptura do conservadorismo político, ganha-se com isso uma maturidade básica e filosófica, criticando o caráter conservador da profissão marcaram a década de 1980, na qual surgia na novas condições econômicas, políticas e sociais na sociedade brasileira e a sua vinculação aos movimentos sociais. Contudo, o Código de Ética de 1986 constituiu um avanço em relação aos códigos anteriores recusando a neutralidade, quanto ao exercício profissional e reconhecendo em sua dimensão histórica e política da profissão (direcionado a favorecer a classe trabalhadora). Ramos (2003:54), em alusão ao Código de Ética de 1986 e sua vinculação á classe trabalhadora. “A forma como esse compromisso foi exposto, expressa uma concepção ética mecanicista, que deveria