Direitos da educação indigena

1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA
O estado de Mato Grosso do Sul é considerado um estado pluriétnico, ou seja, há uma grande variedade de sociedades étnicas (indígenas; remanescentes de quilombos; populações ribeirinhas e colônias de imigrantes). No Brasil contemporâneo existem cerca de 210 sociedades indígenas com estilos próprios de se organizarem social, política, econômica e culturalmente. Falam cerca de 180 línguas e possuem crenças, tradições e costumes diferenciados entre si. O Mato Grosso do Sul é considerado o segundo maior Estado com população indígena do país.
A educação para a diversidade cultural está na pauta do dia da sociedade brasileira. Uma grande quantidade de pesquisas e lutas dos próprios interessados é travada diariamente, a fim de fazer valer os direitos alcançados por “minorias étnicas” historicamente excluídas.
Para dar sustentação teórica à proposta de pesquisa faz-se necessário o uso da interdisciplinaridade situado no campo do saber das Ciências Humanas, sobretudo na História, Antropologia e Educação, no que concernem as pesquisas sobre as sociedades indígenas. Em termos específicos o real interesse é investigar com o apoio da bibliografia específica, como a educação escolar indígena está sendo posta em prática na Reserva de Amambaí, no município de mesmo nome, localizada ao sul de Mato Grosso do Sul.
Assim, tomamos o processo histórico do tema Educação Escolar, que nos tempos idos, era uma educação para o Indígena desde o século XVI processado pelos missionários jesuítas que impuseram aos índios valores alheios e a negação as suas identidades e culturas diferenciadas. Com as políticas indigenistas do Estado Republicano, através da criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) no ano de 1910, buscavam a integração/incorporação dos índios na sociedade nacional, como evidencia LOURENÇO (2009, p. 24) que: [...] Esta política vem marcada pela concepção de garantir o “processo civilizatório”, em que o “progresso” era o princípio