Dinâmicas demográficas
Alguns registros culturais podem despertar “a diversidade étnica da população brasileira”. Observe a figura “Monumento às nações indígenas” na página 3 do caderno do aluno: essa obra é uma das mais expressivas obras do artista plástico Siron Franco. Criado em 1992 e construído em Aparecida de Goiânia (GO), quando visto do alto mostra a silhueta do mapa do Brasil. São 500 totens quadrangulares ou triangulares com imagens da iconografia indígena em baixo-relevo em suas faces laterais, além de esculturas de objetos, utensílios ou rituais sagrados dos diferentes povos indígenas, todos reproduzidos minuciosamente em concreto a partir de peças datadas de época pré-cabralina (antes de Pedro Álvares Cabral). Os índios contribuíram muito para a formação da cultura brasileira: culinária, instrumentos musicais, nomes de lugares, a presença de palavras indígenas no português falado no Brasil são alguns exemplos.
Agora, veja, na página 4, a pintura “Navio de emigrantes”, do artista moderno Lasar Segall (1981-1957). Somos multiculturais por formação: os imigrantes contribuíram muito na formação da população brasileira ao lado de outros grupos e culturas, como portugueses, indígenas e africanos. Inúmeras levas de estrangeiros chegaram ao país, principalmente ao longo do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. A emigração envolve o drama dos envolvidos, que abandonaram seu país de origem, a interrogação sobre a terra futura e a nostalgia da terra passada. No quadro, o olhar do pintor está situado na ponte de comando do navio, projetando-o sobre a proa, conferindo destaque para as famílias de emigrantes. Embora, ao que tudo indica, o instante escolhido pelo artista é o da tristeza do desterro, o navio parece