Dinâmicas Demograficas

O comportamento demográfico mundial evolui segundo a teoria da transição demográfica. O crescimento vegetativo global – ou seja, o saldo entre as taxas de natalidade (nascimento de pessoas) e de mortalidade (morte de pessoas) – atingiu o auge histórico na primeira metade da década de 1960, com taxa média de 2% ao ano, antes de começar a declinar até as atuais, inferiores a 1,2% ao ano.

O declínio reflete a redução das taxas de natalidade em ritmo muito mais rápido que o das de mortalidade. Desde meados da década de 1980, as taxas de mortalidade se reduzem lentamente, enquanto o processo de diminuição das de natalidade prossegue vigorosamente.

Mas as medidas globais ocultam as profundas diferenças no comportamento demográfico dos continentes. De modo geral, os países desenvolvidos encontram-se no estagio final da transição demográfica e, portanto, apresentam baixas taxas de crescimento vegetativo. Já os países em desenvolvimento encontram-se nos estágios intermediários de transição demográfica e ainda apresentam taxas relativamente altas de crescimento vegetativo.

Há algumas décadas, era possível traçar uma clara linha entre o comportamento demográfico dos países desenvolvidos e o dos países em desenvolvimento. Atualmente, esse procedimento tornou-se inadequado, pois há nítidas diferenças nas taxas de crescimento vegetativo no interior dos dois grupos de países.

Na Europa, o crescimento vegetativo já exibe taxas negativas, o que está longe de ocorrer na América Anglo-Saxônica e na Oceania. Na África, a população cresce a taxas superiores a 2% ao ano, ao passo que na América Latina e na Ásia as taxas médias anuais de crescimento são inferiores a 1,5%.

Em virtudes das trajetórias desiguais da transição demográfica, as estruturas etárias da população diferem bastante entre os conjuntos de países. Globalmente, a idade média da população encontra-se em torno de 29 anos. Contudo, na Europa, ultrapassa 40 anos e na África subsaariana é pouco superior a 18