Dinheiro no tempo

O custo do dinheiro ao longo do tempo

O mercado financeiro é um mecanismo que permite a compra e venda de valores mobiliários, mercadorias e outros bens com um custo e preços que refletem a hipótese de mercado. O mercado pode aqui ser entendido como um lugar de interações entre compradores e vendedores para alocar recursos.
Traduzindo o exposto acima pode-se dizer que em matéria financeira, o mercado financeiro permite a angariação de capital, a transferência de risco e o comércio internacional.
Os juros são os “alugueis” pagos pelo uso do dinheiro. O valor investido, valor do principal, e os juros aplicados podem ser conhecidos através do uso de ferramentas: cálculo dos juros simples ou juros composto.
A economia brasileira mudou e muda muito ao longo do tempo. Convive-se com inflação, está intimamente ligada à contratação de dívidas. Desde a época do Brasil colônia quando diversos exploradores requeriam da Coroa empréstimo para financiar suas atividades, passando pela monarquia, pelo período republicano, passando pelos governos de Getúlio Vargas, JK, Governo Militar, Sarney, Fernando Collor, quando a então ministra Zélia confiscou o dinheiro dos brasileiros, até o ano de 1994 quando foi implantado o plano Real, com o projeto de reestruturação da economia.
Isso que dizer que com todas as mudanças acima notar-se a importância do dinheiro ao longo do tempo. Da mudança sofrida e a desvalorização ocorrida ao longo do tempo, evitando-se as perdas inflacionárias ao longo do período.
Um exemplo foi na década de 80 onde os valores eram indexados pela ORTN. O ex-ministro da fazenda Maílson da Nóbrega exemplifica bem este momento em seu artigo publicado na revista Veja em 31/10/2011.
“Nossa tolerância à inflação foi em parte fruto da visão desenvolvimentista do pós-guerra. Pensava-se que um pouco de inflação ajudava o crescimento. Seria uma espécie de lubrificante das engrenagens da economia. Celso Furtado dizia que uma inflação anual de até 15% era suportável.