Dinheiro no Futebol - Análise: São Paulo Futebol Clube

Clubes de Fé e Dinheiro

Já se completavam 12 anos sem um título da Libertadores. O clube havia se construído em meio a elite do futebol brasileiro e mundial. Se juntava ao Santos Futebol Clube como os dois times com mais conquistas de campeonato Libertadores e Mundial de Clubes. Em 1992 e 1993 o São Paulo Futebol Clube se sagrara bicampeão Mundial, duas vezes seguidas o melhor time do mundo. Entre 1993 e 2005 o clube não conseguiu repetir o sucesso, passou por uma crise e escassez de títulos e ídolos. O sucesso que havia feito nos anos 1992 e 93 já se tornara glória passada e demorava a reaparecer. Foi então que a partir de 2005 o clube começou a crescer.
Nesse ensaio contarei a trajetória vitoriosa e até sofrida que o clube realizou, e buscarei responder a questão de quais foram as mudanças no clube a partir de 2002, e como que tudo isso ajudou o clube a vencer no ano de 2005, e ainda, a relação principal, a questão norteadora, que é: Como podemos ver o “Clube da Fé” como sinônimo legítimo à um time de futebol e qual a relação direta que o dinheiro exerce sobre estes?
O processo já se inicia em 2002, ano em que o Brasil foi pentacampeão mundial, mas que também marcou o início da montagem do esquadrão que viria a ser campeão mundial dali a quatro anos. Kaká, Luis Fabiano e Julio Baptista faziam parte do elenco, e hoje já são experientes jogadores consagrados pelo bom futebol. A artilharia voltara, o centroavante Luis Fabiano se mantinha artilheiro brasileiro do ano.
Foi um ano antes de 2002, em 2001, que o São Paulo fechou contrato de patrocínio master com a marca de eletrônicos LG. Foi a partir desse acordo que o clube começa a buscar peças para compor elenco e revitalizar os famosos apelidos, como “Clube da Fé”. Essa suposta “fé” era, para além da vontade (que já deixo claro que existia, sim), empurrada pelas contratações advindas do montante de dinheiro que o clube ganhou da LG. O patrocínio durou de 2001 a 2009,