Dilma e Marina polarizam segundo debate de presidenciáveis na TV
No primeiro bloco, de questionamentos entre os próprios candidatos, Dilma foi a primeira a ter o direito de formular pergunta e escolheu Marina para responder. Ela disse que as "promessas" que a adversária fez durante a campanha custarão pelo R$ 140 bilhões e quis saber de onde sairá o dinheiro.
Marina respondeu dizendo que não são promessas, mas compromissos. "Geralmente, quando é para subsidiar o juro do bancos, as pessoas, como dizia Eduardo Campos, não ficam preocupadas em saber de onde veio o dinheiro. Mas quando se trata de dizer que se vai tirar 10% para a educação, para que nossos jovens tenham igualdade de oportunidades, quando se diz que vai ter o passe livre, para que eles possam ter acesso a escola, ao divertimento, aí vem essa pergunta", reagiu a candidata do PSB.
No segundo bloco do programa, Marina foi questionada por um dos jornalistas se o fato de não divulgar as empresas que lhe pagaram R$ 1,6 milhão nos últimos três anos por palestras não contradiz a "nova política" que tem pregado. A escolhida para comentar foi Dilma.
Ao responder, Marina disse não ser contrária à revelação, mas que está impedida de fazer isso por exigência contratual das empresas e que, se estas concordarem em revelar, não fará objeção. "Vivo honestamente daquilo que faço, todo mundo sabe que dou palestras para poder levar a mensagem do desenvolvimento sustentável em todo o Brasil", disse.
Ao comentar a resposta, Dilma disse que, quando se assume um cargo público, "a transparência é uma necessidade". A presidente em seguida passou a falar sobre a "governabilidade" e em favor da negociação na política.
Marina rebateu dizendo que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva também poderiam divulgar quanto ganham com palestras. "Eu busco a transparência e acho que essa transparência deveria estar também para os R$ 500 bilhões que foram destinados ao BNDES sem que estivessem no Orçamento público. Isso sim diz respeito à vida dos