Dificuldades enfrentadas pelas micro, pequenas e médias empresas
Referindo-se a emergência atual do empreendedorismo, Dornelas (2005, p22) afirma que não se trata de modismo, mas sim, uma resposta natural a rapidez das mudanças tecnológicas e que o momento atual pode ser chamado de a “Era do Empreendedorismo”. Assim, em sua visão, o contexto atual é propício ao surgimento de um número cada vez maior de empreendedores. Não obstante a crescente relevância das micro, médias e pequenas empresas (MPMEs) na economia brasileira, bem como seu papel social na diminuição das desigualdades entre indivíduos e regiões, elas ainda enfrentam dificuldades diversas para operar no Brasil. Fruto direto de tais dificuldades é a elevada taxa de mortalidade, que chega a 61% do total de micro, pequenas e médias empresas no primeiro ano de atividade, de acordo com estudo do SEBRAE e Méthodos Consultoria intitulado “A micro e pequena empresa no comércio exterior”. Assim, não obstante o Brasil tenha uma população empreendedora, por falta de preparo e apoio adequado, o brasileiro também muito fracassa. O país apresenta alta mobilidade social e economica, nele despontam muitas oportunidades. Todavia, a falta de estrutura adequada em termos de aparato legal, contábil e gerencial, a legislação tributária ainda desfavorável, as exigências burocráticas, a carência de crédito e de uma política sistêmica de apoio e incentivo as micro e pequenas empresas levam a altas taxas de insucesso. A falta de crédito, por exemplo, constitui verdadeiro entrave. Estima-se que sejam milhares de brasileiros sem acesso ao crédito, pessoas produtivas que empreendem milhões de pequenos negócios. Como as grandes empresas oferecem maiores garantias, o risco de se conceder empréstimos as empresas de porte é maior, o que implica encarecimento e menor disponibilidade dos recursos oferecidos as micro, pequenas e médias empresas. Dentre as empresas que conseguem se manter nesse ambiente