O autor procura tratar no texto a natureza das relações sociais. Até o século XVIII esse assunto era abordado como forma de organização social, sobre a própria sociedade e seu governo, os historiadores abordam que essas ideias foram fundamentais para uma reavaliação da politica no antigo regime. O autor pretende abordar as relações de poder que estão diretamente ligadas ao modo de produção e da distribuição de riquezas, permitindo assim passar da analise para as relações de dominação social. Adentrando sobre as colônias portuguesas, é determinada duas considerações principais, a das relações constitutivas do Império colonial português e das relações escravistas, abordando discussões diferentes impostas pela presença de escravidão em terras coloniais. Essa sociedade era dividida em três estados, o eclesiástico, o nobre e o popular, porem esses três estados não comportam as diversas formas de distinção social existente no Antigo Regime. Tomando o estado nobre como exemplo, sua distinção e hierarquia dependiam do seu nascimento, de suas posses e dos seus serviços prestados aos reis. “A distinção entre as ordens estava baseada também em comportamentos e valores que diziam respeito à dominação e a privilégios claramente econômicos.” “Nas sociedades do antigo regime imperavam as diferenças: concebida a partir desse principio, a arquitetura social previa para cada um o seu lugar, numa rede ordenada e hierarquizada de posições.” (p. 84) Os indivíduos só eram vistos como serem iguais perante o Deus cristão ou sendo tratados como vassalos de um mesmo soberano. A ostentação publica tinha um importante significado politico. (todos estavam sempre acima e abaixo de alguém) Daí a importância das vestes, cerimônias e gestos, essa era uma sociedade que se mostrava e precisava ser vista. Essa ostentação era sinônimo de poder e prestigio. O traje tornava visível a hierarquia social. Encontra-se em alguns documentos legais do século XVI e do inicio do XVII questões sobre o