Diderot
Denis Diderot nasceu em França, em 5 de outubro de 1713, e morreu em Paris, em 31 de julho de 1784. Educado num colégio de jesuítas, recebe uma sólida instrução humanística. Em 1732 instala-se em Paris. Vive apenas de traduções. Depois, dedica-se à direcção editorial da "Enciclopédia ou Dicionário lógico das ciências, artes e ofícios", obra gigantesca que preparará, ideologicamente, a Revolução Francesa. Fascinado pelas sociedades primitivas e a condição biológica da natureza, encontra na religião e na sociedade europeia incoerências entre o valor moral e a vontade humana natural.
O autor critica a “aparente” civilização europeia e o seu progresso, fazendo contraste com sociedades mais primitivas, que premitiam a reconsideração da natureza humana e a sua relação com o mundo natural.
A sua obra em estudo, “The Supplement to the Voyage of Bougainville, or a dialogue between A and B” (1772), é inspirado no povo nativo do Taiti e na descrição feita por Bougainville no seu livro sobre a sua viagem à volta do mundo (1754-1763). A partir daí, Diderot faz uma reconstrução da viagem pretendendo realçar os aspectos de contraste entre duas civilizações.
* A primeira parte em estudo – “The Old Man’s Farewell” – e a parte II da obra, pretende criticar, através de um discurso de um dos chefes indígenas à tripulação de Bougainville, o colonionalismo e a submissão dos povos:
* Questiona se a maior força de uns será razão suficiente para a escravização de outros * Se é certo obrigar o outro a fazer o que o próprio não faria * Se um documento é suficiente para sujeitar um território e o seu povo ao domínio de outro. * Questiona se os Taitianos, tal como os europeus, não têm direito a lutar pela liberdade que todos prezam.
Neste excerto o autor utiliza muitas interregoções para poder representar a revolta do chefe taitiano e do seu povo, ao confrontar os europeus.
* O segundo excerto em estudo intitula-se de “The