Diculdades nas Relações Conjugais

41377 palavras 166 páginas
Índice
I — Introdução
II — Sexualidade feminina
III — Sexualidade masculina
IV — Vida conjugal
V — Paixão
VI — Psicoterapia em distúrbios sexuais e conjugais
VII — Sumário e conclusões

I – INTRODUÇÃO

Este trabalho trata de amor e de sexo e principalmente da forma como estas emoções se manifestam nas relações interpessoais mais íntimas e duradouras. Destas, a relação conjugal assume um caráter fundamental tanto para a psicologia como para as ciências sociais afins.
Parece-me desnecessário ressaltar o interesse das pessoas por este tema. Logo, apesar da pretensão de trabalho com fundamentação científica, tentarei traduzir o meu pensamento numa linguagem acessível, dispensando por isso várias das habituais normas de trabalho técnico. Estas considerações se baseiam em anos de trabalho psicoterápico sistemático com todos os tipos de pessoas que vieram à procura de tratamento pelas mais variadas causas. Como é inevitável em clínica privada em nosso país, houve uma tendência nos últimos quatro - cinco anos a que a minha clínica se tornasse progressivamente seletiva, especificamente no que se refere ao poder aquisitivo. Assim, a maioria dos pacientes por mim atendidos ultimamente são pessoas de classe econômica alta, além de intelectuais e estudantes universitários. Numa enorme porcentagem, as queixas giram em torno do tema proposto: insatisfação na relação conjugal, dificuldades sexuais dentro do casamento (a ponto de ser impossível quase se poder imaginar uma relação conjugal sexualmente satisfatória), dificuldades sexuais independentemente de uma relação afetiva estável, tais como ejaculação prematura, fantasias homossexuais, medos fóbicos de homem em mulheres solteiras.
Cada vez mais estes quadros específicos tomam o lugar das queixas genéricas até há pouco habituais, que eram mais difusas, de caráter frequentemente depressivo. As queixas referiam-se mais a sintomas físicos
(enxaquecas e cefaléias, astenias, formigamentos das

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