Diario de leitura
Introdução
Sempre que produzimos um texto, seja oralmente ou por escrito, pensamos sobre o que vamos dizer e como vamos dizer, considerando o contexto em que estamos (se estamos em um ambiente mais informal ou mais formal), e a(s) pessoa(s) a quem vamos dirigir nossa fala ou nossa produção escrita. Geralmente, o nosso interlocutor, isto é, o destinatário de nosso texto, é uma outra pessoa, podendo ser alguém que conhecemos ou não. Nesse caso, podemos produzir textos em que abordamos questões/observações pessoais ou textos em que tratamos de assuntos que não se referem a nós. Mas também pode haver situações em que somos o nosso próprio destinatário, quando, por exemplo, escrevemos sobre nós para nós mesmos.
Dessa forma, de acordo com os temas abordados e com os destinatários possíveis, podemos dizer que há três categorias distintas de gêneros de textos:
1- Gêneros de textos “de si” “para si”, em que o produtor do texto fala de si mesmo para ele próprio. Um exemplo clássico é o “Diário íntimo”, geralmente associado ao universo feminino.
2- Gêneros de textos “de si” “para outros”, em que o produtor do texto fala de si mesmo e que são destinados a outro(s). Por exemplo: autobiografia, curriculum vitae, blog, e-mail, relato de experiência, carta pessoal, carta de reclamação, diário de bordo, entre outros.
3- Gêneros de textos em que o produtor não fala de si mesmo e que são destinados a outro(s). Por exemplo: artigo de jornal, editorial, biografia, entre outros.
De acordo com as características de 1 e 2, podemos dizer, então, que existem produções de textos que podemos chamar de “escrita de si”, em que o autor do texto faz considerações pessoais para si mesmo ou para outro(s) destinatário(s). Nesta Unidade, vamos abordar especificamente um gênero que possui essas características - o Diário de leitura - um gênero de texto em que o seu autor escreve para si ou para outro(s) as observações que faz