Diante da dor dos outros(analisando uma fotografia)

Diante da dor dos outros- Susan Sontag

Em meio um mundo que foi construído e que se consolidou com guerras, ainda sim ficamos horrorizados com diversas coberturas jornalísticas delas, feitas constantemente. Mas será que essa reação é suficiente para dar um fim às guerras? Desde o início, houve sempre uma disputa entre nações, em busca de novas conquistas sejam elas territoriais, econômicas ou ideológicas. Para chegarmos onde estamos guerras foram necessárias. Diante essa realidade Susan Sontag constrói uma analise que tenta responder uma pergunta feita por um advogado de como evitar a guerra.
O fotojornalismo e o próprio jornalismo em si, fazem dessas tragédias mundiais, verdadeiros espetáculos compostos de fotos de guerras que se tornaram símbolos, guerras que geraram guerras de imagens e ideias. E a mídia sempre atenta captando e exibindo cada ação. Assim, Susan tenta entender o nosso olhar, e nossas reações quando vemos fotos de corpos mutilados e casas destruídas. As fotos trazem sim uma repulsa e revolta, mas não é o suficiente para acabar com a guerra. Porque de certa forma, a exibição dessas imagens ajuda a propaga-la.
A guerra ao ser exibida tem o poder de nos chocar, mas apenas naquele momento. Muitas das vezes chegamos ate considerar algo normal. E assim a esperança de um dia houver paz acaba. Até os pacifistas não acreditam mais no fim da guerra. Isso de deve ao fato de não existir o “nos” diante da dor dos outros, ate que passamos pela mesma dor.
Em 1985, houve um caso, que cabe uma analise importante do papel, do fotojornalismo e da imprensa geral. Omayra Sanchez foi uma das vitimas da erupção do Vulcão Nevado del ruiz na Colômbia, a criança ficou presa nos destroços de sua casa, cerca de 60 horas. O fato chamou a atenção do mundo que foram informados com a imprensa mundial que fez a cobertura no local e testemunhou a agonia, e o sofrimento de Omayra que acabou morrendo. Chocados e indignados, questionamos a atitude dos jornalistas que