Diane arbus
1) O trabalho de Diane é único por diversos fatores. Ao pararmos para analisar sua obra, percebemos que ela contém uma subjetividade latente escondida pela objetividade de seus retratos. Tal subjetividade nos permite sentir inúmeras sensações.
O primeiro contato com o trabalho de Diane, geralmente nos faz experimentar aquela sensação de estranhamento. A obra dela é bastante peculiar e não dá pra ser completamente entendida em uma batida de olho. Algumas sensações podem seguir o estranhamento; às vezes espanto, em outras melancolia e tem vezes que ficamos reflexivos ao ver as inúmeras interpretações para uma única e até mesmo simples imagem.
Eu escolhi a Diane Arbus por que mesmo que ela trabalhe em uma linha quase unificada, que no caso são retratos preto e branco, ela consegue dar variedade e consistência para sua obra. Cada retrato dela leva o modelo que o ilustra ao seu estudado mais natural, nos mostrando a precariedade da condição humana. Desde artistas e travestis, até crianças e idosos. Diane vai do rotineiro ao incomum e escreve através de fotografias histórias dos cidadãos de Nova York.
Uma técnica que ela desenvolveu muito bem foi o uso do flash de dia para dar destaque ao plano principal da imagem. Muitos fotógrafos utilizam essa técnica hoje em dia. É importante a utilização da mesma quando o objeto ou pessoa a ser fotografado está contra a luz solar, criando sombra em si mesmo. Com o uso dessa artimanha pode-se manter a luz do ambiente em volta e ainda iluminar o primeiro plano da imagem. Diane foi uma das grandes professoras dessa utilização do flash, que inclusive eu gosto bastante.
Deixando-se de lado os termos técnicos por hora, e mantendo o foco em uma análise interpretativa da obra de Arbus, arrisco dizer que poucos fotógrafos conseguiriam me entreter com suas obras da maneira que ela consegue mesmo com tamanha simplicidade em suas obras. É intrigante pensar que um simples retrato, onde a pessoa fotografada