Análise do processo criativo de diane arbus

Foi-nos pedido que analisássemos, segundo o Modelo Componencial de Criatividade de Teresa Amabile, o processo criativo de um autor. A escolha para tal análise, foi a fotógrafa Diane Arbus, regendo-se muito pelo meu interesse nesta artista e no trabalho fascinante com que nos presenteou. Pralém de ser das poucas mulheres que na altura exercia fotografia como profissão, Arbus, sempre foi uma observadora da vida, o que confere ao seu trabalho, uma perspectiva das coisas ditas “banais”, muito especial. As suas intenções artísticas não continham nenhuma vocação épica, mas sim um forte apelo à imaginação, dando sempre importância ao constraste entre a aparência e a essência, e à solubilidade de ambas. Fotógrafa dos “freaks”, apreciava enigmas e fábulas, construindo o seu próprio universo, à medida que ia conhecendo e absorvendo as particularidades daqueles que retratava.

Para se poder analisar o processo criativo do trabalho de Diane Arbus, é preciso primeiro compreender em que pilares se baseia o Modelo Componencial de Criatividade. Após o estudo do mesmo é possível perceber que defende que a conceptualização da criatividade pode ser aqui considerada componencial, desde que sugere um conjunto de componentes como necessários e suficientes para a produção criativa em qualquer domínio. Amabile refere-se aos “componentes de performance criativa”, como integrantes de um esquema que se divide em três grupos: - Domínio-Competências Relevantes - Criatividade-Competências Relevantes - Motivação para Tarefas Assim sendo, a análise terá a sua incidência nestes três aspectos. O trabalho de Diane Arbus, não se resumia a uma questão de método ou de técnica, mas sim de envolvimento. Produziu uma obra de profunda unidade formal, que tinha como foco privilegiado o fora do comum, o marginal, a anomalia. Desde cedo, percebeu que queria explorar esse “universo paralelo”, sentindo sempre um estado de inadequação, face ao mundo onde a artista estava integrada. Os constrangimentos