Dialética
A obra, Memórias de um Sargento de Milícias do escritor Antônio de Almeida, assinala e nos inclui a compreender a “Dialética da Malandragem” de Antônio Cândido, nos induz a entender a cultura do povo brasileiro que nos remete a perceber a vida de um malandro, compreendendo assim a literatura escrita e apontando para a crítica e o enigma desta obra.
Quem sabe a categoria de um romance picaresco nos desvia as outras evidências, isto porque a obra de Almeida se romântica ou realista, pode ser interpretada do ponto de vista de quem ler e esta ideologia pode ser vigente da época na tradição literária do momento.
A crítica de Cândido em relação a José Veríssimo quando definiu Memórias de um sargento de Milícias, representou na nítida burguesia do tempo de D. João, um realismo antecipado. Logo em seguida afirmando ser um romance marginal Mário de Andrade expandiu o seu ponto de vista como um romance picaresco, ou seja, cômico.
Na minha concepção, segundo Cândido, distinguia-se o descompromisso de Almeida com as correntes das escolas literárias. Isto porque, algumas relações fugitivas de Antônio Cândido demonstra na obra uma caracterização picaresca. De fato, a análise das literaturas espanholas é difundida na Europa nos séculos XVII e parte do XVIII.
Na Dialética da Malandragem, o autor contraria com outra obra “A letra Escarlate” de Nathanael Hawthorne e demonstra que o sujeito é punido na lei americana pela sua transgressão, já Cândido emerge no mundo sem culpa, onde o que infringe não agride e não é punido. Isto porque ele sugere a presença viva da sociedade que parece coerente e existente.
Por abordar uma crítica bem complacente para os nossos dias, esta ampla literatura, como ele mesmo diz, não há “gente de cor”, os negros e os índios. A ausência desses personagens que alavancaram e que construíram o século XIX, salvo as baianas da procissão do ourives, mero elemento decorativo, e as crias da casa de Dona Maria. Essa talvez