Diagnóstico de toxoplasmose em gestantes‏

Diagnóstico de Toxoplasmose em Gestantes‏

1. Introdução

A toxoplasmose é uma zoonose de felídeos causada pelo toxoplasma gondii (Nicole e Muneaux, 1908) de distribuição universal, sendo este um protozoário intracelular que pode parasitar os mais diversos tecidos de aves e mamíferos (Bastin, 2002). A parasitose pode se apresentar de diversas formas no organismo humano, porém estudos sorológicos indicam que mais de 80% das infecções primárias por Toxoplasma gondii são assintomáticas (Wong e Remington, 1994). O ser humano é infectado após ingerir oocistos expelidos com as fezes por gatos infectados, ou ao comer carne mal cozida de um animal que tenha ingerido o parasito de fezes de felídeos. O Toxoplasma gondii possui três formas infectantes em seu ciclo de vida: oocisto, bradizoítos, contidos em cistos, e taquizoítos. No Brasil o Toxoplasma gondii foi descoberto em 1908 por Splendore (Splendore, 1908), sendo atualmente a soroprevalência determinada entre 50% e 80% (Cantos,2000). No estudo de formas clínicas da toxoplasmose, têm-se uma saliente prevalência de lesões oculares, sendo confirmadas através de fundoscopia, tendo como exemplos coriorretinite, nistágmo, estrabismo, microftalmia, déficit visual e má formação ocular. Sendo características também o surgimento de outars complicações como a icterícia, que mesmo sendo um sintoma transitório no recém nascido já foi confirmada em alguns casos, como também a hepatoesplenomegalia. A forma cerebral é a mais grave e a outra mais observada, representando 50% das lesões como: hidrocefalia, micro e macrocefalia, crise convulsiva, calcificações cerebrais e retardo no desenvolvimento neuropsicomotor. Com toda uma problematização da criança há com tudo isso uma característica prematuridade de partos, com crianças anêmicas, abaixo do peso corpóreo normal ao nascer, fator este que pode estar relacionado à toxoplasmose, onde esta assume o 1º lugar dentre as infecções