Diagnosticos de deficiencia mental
Alexandra Ayach Anache (UFMS)
1. Introdução Este trabalho visa refletir sobre o processo de diagnóstico da deficiência mental e sua implicação para o processo educativo do aluno (a). Esta etapa se constitui o primeiro passo para o início ou não de um trabalho especial. Dependendo do encaminhamento, seus resultados poderão nortear o planejamento de medidas auxiliares e complementares de um tratamento e de um trabalho educativo. O Diagnóstico requer estudo sistematizado do sujeito, com uso ou não de instrumentos específicos, além disso, consiste numa série de inferências que precisam ser cuidadosamente formuladas. Tais inferências estão condicionadas à forma pela qual o profissional organiza e estrutura esse processo. O processo de diagnóstico da deficiência mental no âmbito da Educação Especial tem dois objetivos básicos: identificar e planejar o ensino de pessoas com esta condição. Para fins de identificação, as informações servem para subsidiar a classificação e o encaminhamento, porém os procedimentos adotados de caráter científico e normativo não têm sido suficientes para tal intento, assim como difícil e complexo é o conceito de deficiência mental. Atualmente, pode-se contar com a nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) – DSM-IV (1995, p. 39), que traz a seguinte versão sobre retardo mental: "(...) funcionamento intelectual significativamente inferior à média (Critério A), acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança (Critério B). O início deve ocorrer antes dos 18 anos (Critério C). O Retardo Mental possui etiologias diferentes e pode ser visto como uma via final comum de vários processos