Diagn Stico Cancer
Achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue podem sugerir a existência da doença. Nesses casos, é indicada a ultrassonografia pélvica (ou prostática transretal, se disponível). O resultado da ultrassonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de biópsia prostática transretal. O diagnóstico de certeza do câncer é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata. O relatório anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente. A partir de 14 estudos de casos selecionados com base na prevalência dos tumores no Brasil e na possibilidade de intervenção por parte do profissional de saúde, foram desenvolvidos exercícios diagnósticos, discutindo-se a anamnese, o exame físico, o levantamento e análise das hipóteses diagnósticas e a interpretação dos resultados de exames complementares. Além disso, oferece-se uma visão do tratamento que sucede o diagnóstico.
Especial atenção é dada aos processos de comunicação entre paciente e médico e ao envolvimento da família do paciente, componentes estes considerados essenciais para o desenvolvimento favorável de todo e qualquer processo terapêutico. Outro aspecto salientado diz respeito à responsabilidade médica e às conseqüências de um diagnóstico incorreto ou tardio.
A quem cabe o encaminhamento do paciente e a avaliação da extensão da doença? Quem é responsável pelo estadiamento e pela orientação terapêutica? lnclui-se aqui o desenvolvimento das competências do médico não-cancerologista e as do médico cancerologista, com os objetivos de se estabelecer limites claros para a atuação de cada um e de se oferecer uma visão não compartimentada da abordagem diagnóstica do câncer
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