DIABETES
A doença está associada a complicações crônicas cardiovasculares, do sistema nervoso autonômico e microvasculares. Uma das complicações microvasculares mais importantes do DM é a retinopatia diabética (RD). No Brasil, estima-se que metade dos pacientes portadores de DM seja afetada pela RD, sendo responsável por 7,5% das causas de incapacidade dos adultos para o trabalho. A prevalência de todos os tipos de retinopatia em diabéticos aumenta com a duração da doença. Após 20 anos de doença, aproximadamente 99% dos portadores de DM tipo 1 e 60% dos tipo 2 tem algum grau de RD.
Todos os pacientes diabéticos necessitam de exame fundo de olho e a freqüência deste vai depender dos achados no exame inicial. A Academia Americana de Oftalmologia recomenda que pacientes diabéticos tipo 1 devem ser examinados 5 anos após o diagnóstico da doença2, pois o acometimento retiniano raramente é encontrada antes deste período.3 Já os diabéticos tipo 2 devem ser examinados assim que diagnosticados,2 porque algum grau de retinopatia pode ser encontrada neste momento.
A fisiopatogenia está relacionada a vários fatores, contudo o “Vascular Endothelial Growth Factor” (VEGF), tem fundamental importância no desenvolvimento da doença. O aumento de VEGF intravítreo esta associado à quebra da barreira hematoretiniana com aumento da permeabilidade vascular causando edema retiniano4 e estímulo ao crescimento de células endoteliais e neovascularização.
O desenvolvimento da RD é um processo multifatorial. O dano retiniano que caracteriza a doença resulta do extravasamento e não perfusão capilar.5 Achados de fundo de olho se caracterizam por microaneurismas, hemorragias, exsudatos