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512 palavras 3 páginas
Teatro da anarquia - um resgate do Psicodrama

Wilson Castello de Almeida

Psicoterapeuta

Para quem desconhece o que seja Psicodrama, urgem duas palavrinhas: trata-se de proposta para trabalhar as relações humanas, em suas necessidades individuais e grupais, pedagógicas e psicológicas, terapêuticas e existenciais, através dos elementos revolucionários do chamado "teatro espontâneo", criado pelo médico Jacob Levi Moreno, em 1921. O assunto interessa a um leque de categorias profissionais: artistas, atores, teatrólogos, dramaturgos, sociólogos, educadores, psicólogos, psiquiatras, psicoterapeutas ou, simplesmente, pessoas interessadas em conhecer como se dão os processos criativos pelos papéis psicodramáticos.

O livro em epígrafe coloca-nos diante desse mundo, em seus capítulos assim alinhavados: 1 — Um novo teatro; 2 — Viabilizando o espetáculo; 3 — Uma arte sem público; 4 — O projeto científico; 5 — A cura repensada; 6 — Pedagogia do anarquismo.

Mas não se espera encontrar aí um livro didático, no sentido daquele que aborda, de modo formal, a história, os conceitos e a prática psicodramática. Este é um texto de paixão. E como fazem falta, em nosso dias, os posicionamentos corajosos e apaixonados! Este é um texto inspiradamente moreniano. E como faz falta, em nosso meio, a retomada da proposição original do romeno Moreno (vale o anagrama)!

O autor, Moysés Aguiar, é psicólogo, psicoterapeuta, professor universitário, psicodramatista. Quem não o conhece pessoalmente poderá sentir, ao tomar contato com sua tese, a inteligência, a sensibilidade e a erudição que lhe são predicados e, mais do que isso, o amor com que a escreveu e a transmitiu.

Sendo isto uma resenha, poderíamos terminar aqui, indicando o livro aos interessados, por se tratar de um trabalho sério e digno dos mais exigentes bibliômanos. Entretanto, sinto-me obrigado a estender um pouco, para falar aos que já conhecem o tema ou aos que compõem o movimento

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