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Poesia Contemporânea
É necessário, antes de tudo, a definição de poesia contemporânea. O que se chama aqui de contemporânea é, sobretudo, aquela feita após a terceira fase do modernismo (1945) até os dias de hoje. A poesia é arte e a função da arte é questionar a realidade, fazer refletir e desestabilizar, ou seja tirar-nos de nossa zona de conforto, diferente do entretenimento que acolhe, conforma, faz esquecer o indesejável da vida e do cotidiano. É a expressão da subjetividade por meio da linguagem verbal, ou seja, das palavras e tem o papel de humanizar o ser humano. A poesia contemporânea é a reação da sensibilidade ao capitalismo de consumo que tira do homem moderno o individualismo, o torna anônimo, parte insignificante de uma grande massa consumidora. Cabe ao poeta dar ao homem comum a importância de ser único, incomparável e excepcional, oferece um novo olhar para a realidade, prega um novo comportamento desse homem, uma nova relação com o seu tempo, com o materialismo exacerbado e marcante em sua vida.
Exemplo:
Fratura imposta
. uma rachadura no copo
um gosto de sangue
no líquido
o dedo percorre a fissura
enquanto, no corpo,
o arrepio
não pude saber
quem feriu quem
no deslize do cio
era o gole final
o sabor do veneno
a trincar
o espesso vidro
Sinteses
Concretismo
O Concretismo surgiu na Europa no início do século XX, advindo do movimento abstracionista moderno, o qual tinha como característica fundamental a abstração da arte através da incorporação de formas geométricas ao visual.
Os artistas tinham como objetivo aliar os recursos gráficos à arte (música, poesia e artes plásticas) e abstrair-se de todo envolvimento com o lirismo e o sentimentalismo artístico.
Os concretistas adotavam meios para que a realidade fosse incorporada ao trabalho artístico. Dessa forma, os quadros e as poesias apontavam para as figuras arquitetônicas e esculturais do cotidiano,