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A Esquizofrenia caracteriza-se por um estado mental patológico cujo carácter essencial e evolutivo consiste numa progressiva dissociação dos elementos constitutivos da personalidade, o que leva à ruptura dos contactos com o ambiente e à desadaptação.

O significado etimológico de esquizofrenia valeu para sublinhar a essência da psicose (desagregação da personalidade), e, por outro, para abandonar o conceito de evolução crónica e fatal para a deterioração afectiva e psíquica; permitiu, todavia, uma extensão excessiva do seu uso a propósito de outros inúmeros distúrbios mentais, desde os síndromas confusionais à epilepsia, das neuroses obsessivas à histeria.
O termo esquizofrenia deve ser utilizado somente para indicar um grupo de psicoses de evolução diferente, que surgem precocemente (em geral, dos 15 aos 30 anos) e que, por um complexo de perturbações como a incoerência, o autismo, os fenómenos psico-sensoriais e ideativos anormais (alucinações e delírios), entre outras, se configuram em quadros psicopatológicos particulares.

Entre estes, os mais importantes são:

•o quadro hebefrénico, caracterizado por uma fatuidade e por uma incoerência que rapidamente descambam numa desagregação massiva da personalidade;
•o quadro catatónico, caracterizado pela prevalência de perturbações de psicomotricidade;
•o quadro paranóide, caracterizado fundamentalmente por perturbações psico-sensoriais e ideativas.
A estes devem juntar-se os quadros de esquizofrenia simplex, espécie de evolução lenta e progressiva de uma personalidade esquizóide para o esmorecimento da afectividade, com o aparecimento de bizarrias comportamentais incompreensíveis e de esquizofrenia pseudoneurótica, também ela de evolução muito lenta.

Entre os sintomas da esquizofrenia, podem distinguir-se sintomas essenciais constantes e sintomas inconstantes.

Entre os primeiros, observam-se a ruptura da harmonia e da continuidade de toda a actividade psíquica, com inibições, bloqueios interiores,

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