Amamentação: A importância
A realização da amamentação exclusiva é um fenômeno antigo que tem acompanhado a história da humanidade e vem diminuindo abusivamente nos dias atuais. Considera-se o leite materno é o alimento adequado para as crianças nos primeiros meses de vida, tanto do ponto de vista nutritivo e imunológico quanto no plano psicológico, além de favorecer o vinculo mãe-filho quando o ato de alimentar é bem vivenciado pelas mães. Contudo, a despeito dessas características, a amamentação é também uma relação humana, portanto inscrita na cultura e submetida à esfera social inserindo uma complexidade própria ao fenômeno que transcende o aspecto nutricional que lhe é inerente e ultrapassa a díade mãe-filho (BOSI e MACHADO, 2005). Dessa forma, tem-se que “o aleitamento materno é um processo único que proporciona nutrição ideal para recém- nascidos e contribui para seu crescimento saudável e desenvolvimento. Reduz a incidência e severidade de doenças infecciosas, assim reduzindo a morbidade e mortalidade infantil. Contribuindo para a saúde da mulher reduzindo o risco de câncer de mama e câncer ovariano, e aumentando o espaçamento entre as gestações. Fornece benefícios socioeconômicos para a família e para nação. Fornece um sentimento de satisfação para a mulher quando desenvolvido com sucesso”. (UNICEF, 1978)
Em vista disso, o conceito de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) foi bastante modificado durante os anos, antes de ser definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como quando a criança recebe somente leite materno, diretamente da mama ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos (WHO, 2008). Essa prática deve ser mantida até os 6 meses de idade para alcançar garantir um bom desenvolvimento da criança (WHO, 2001); e só a partir desse período é que se devem oferecer alimentos complementares, como: sopas e papas, concomitantemente com o aleitamento materno até