Deuses da administação
A cultura de Apolo, que segundo Handy dominou as grandes corporações durante as últimas décadas, caracteriza-se por regras, papéis e procedimentos rigidamente definidos, bem como por um estilo de gestão sustentado pela hierarquia. Tais culturas funcionam da melhor maneira em mercados e segmentos estáveis e previsíveis. Apolo na mitologia grega é descrito como o deus da divina distância, que ameaçava ou protegia deste o alto dos céus, sendo identificado com o sol e a luz da verdade. Ele fazia os homens conscientes de seus pecados e era o agente de sua purificação. Ou seja, Apolo realmente é a melhor figura para representar as grandes organizações.No entanto, no mundo de hoje, Apolo e nossas grandes organizações são deuses decadentes, lentos, burocráticos e caretas. Suas luzes estão se apagando e há muito deixaram de ser referência profética, artística ou de eficiência e rentabilidade.
A cultura da Atena, por sua vez, é colaborativa e orientada por problemas e aposta em equipes flexíveis de pessoas que resolvam determinados entraves e só depois voltam sua atenção para os possíveis conflitos seguintes. Do ponto de vista histórico, a cultura de Atena funcionou da melhor maneira em empresas de consultoria, agências de publicidade e outros campos em que idéias constituem o produto e onde o conhecimento especializado é empregado de modo específico. Valores de Atena e Dionísio parecem encarnar o modelo de organização que temos defendido em nossos projetos e que adotamos no Grupo ECC. Isso se traduz em uma organização adaptável, com equipes flexíveis, valores compartilhados, colaboradores multi-tarefas, orientação a propósitos grandiosos e visão de