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Pedro Crisóstomo
21/05/2013 - 22:17
Procurar emprego num outro país da UE é uma opção temporária para os jovens que não encontram trabalho em Espanha, defende a ministra do Emprego.
Em Espanha, mais de metade dos jovens em idade activa está desempregada Paulo Pimenta
Chegam da Polónia, Roménia, Hungria, Itália, Grécia, Portugal. E cada vez mais de Espanha. A emigração espanhola está a disparar para a Alemanha, um dos poucos países da Europa onde o mercado de trabalho parece resistir à crise e onde em 2012 se fixaram quase 30 mil espanhóis.
A braços com um desemprego galopante, sobretudo entre a população jovem (até aos 25 anos), o Governo espanhol celebrou nesta terça-feira um acordo com o executivo alemão para, anualmente, 5000 jovens espanhóis entrarem no mercado de trabalho da maior economia da zona euro. Em Espanha, há mais de seis milhões de pessoas desempregadas.
O programa prevê a formação profissional dual na Alemanha (para os jovens combinarem estudos com um emprego) e o “acesso a um posto de trabalho para pessoal qualificado” na Alemanha.
Com o plano agora celebrado com o executivo alemão, o Governo de Mariano Rajoy diz estar a dar “mais um passo” para promover o emprego jovem e a mobilidade profissional. E mais virão, garante a ministra espanhola do Emprego e Segurança Social, Fátima Báñez.
Em Madrid, onde apresentou o programa ao lado da homóloga alemã, Ursula Von der Leyen, Fátima Báñez garantiu: “Muito em breve, [a cooperação com a Alemanha] vai materializar-se em medidas adicionais conjuntas que permitirão dar os nossos jovens um futuro melhor”.
O programa insere-se na “Estratégia de Empreendedorismo e Emprego Jovem” e é divulgado uma semana antes de a Alemanha e França apresentarem em Paris uma iniciativa para combater o desemprego jovem na União Europeia (UE). Em causa está um plano que, segundo a imprensa alemã, envolve o Banco Europeu de Investimento (BEI), para