Deus: homem e mulher. uma teologia feminina para uma pastoral urbana mais humana
Deus: Homem e Mulher. Uma Teologia Feminina Para Uma Pastoral Urbana Mais Humana
Por: André Luiz Baeta Neves
As mulheres, ao longo do tempo, conquistaram o direito de queimar sutiãs, vestir calças compridas, fumar em público, dirigir (até ônibus e caminhão), votar, disputar com os homens altos cargos executivos/políticos e transar com mais de um parceiro, desde o advento da pílula anticoncepcional. São firmes em suas decisões, um tanto menos vaidosas e mais praticas, usam sua inteligência e, em alguns casos até suprimem e começam a deixar os homens loucos, não de paixão, mas de medo... A sedução dá lugar à negociação nas mesmas bases, o casamento é um contrato firmado em termos igualitários e elas são capazes de criar muito mais do que filhos. O que está acontecendo? Mudaram as mulheres ou o mundo mudou? O modelo andrógino, presente em várias culturas, sempre sintetizou a necessidade de complemento entre masculino e feminino. Perpetuado através do mito de Hermafrodito, filho do Deus grego Hermes, o mensageiro, e da bela e sensual Afrodite, Deusa do amor, representa o ser auto-suficiente, que traz em si os dois sexos. Narra a Mitologia que Dotado de imensa beleza, Hermafrodito foi abordado às margens de um lago pela ninfa Sálmacis, que o desejava ardentemente. Recusando a ceder a suas propostas, ele despiu-se, seduzido pelas águas límpidas, na intenção de banhar-se. Ao mergulhar na água, foi abraçado pela impetuosa ninfa, que nesse instante pediu aos deuses que juntassem os dois corpos, de maneira a nunca se separarem. Assim foi feito, e Hermafrodito passou a ter os dois sexos; em troca, recebeu o Dom de tirar a virilidade de todo aquele que se banhasse no lago tentador. Todos nós temos um certo grau de androginia. Produzimos hormônios masculinos e femininos, em maior ou em menor grau, segundo os comandos do nosso sexo. e também possuímos características e desenvolvemos atitudes tanto masculinas como femininas, pessoal e