Determinação de ca e mg por edta.pdf
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D ETERMINAÇÃO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO PELOEDTA EM EXTRATOS ÁCIDOS DE SOLOS ( )
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BERNARDO VAN R AIJ, engenheiro-agrônomo,
Seção
Instituto
Agronômico
de
Agrogeologia,
SINOPSE
F oi estudada marcha analítica para determinação de cálcio e magnésio, pelo EDTA, em soluções que continham também ferro, alumínio, manganês e cobre.
Para extratos ácidos de solos, é proposta uma marcha analítica com as seguintes etapas: separação de ferro, alumínio e manganês, por precipitação em meio amoniacal, em presença de água oxigenada; titulação do cálcio com solução de EDTA a um pH maior que 12, empregando como indicador a murexida; destruição da murexida por acidificação e aquecimento; comple¬ xação do cobre com o dietilditiocarbamato de sódio e determinação do magnésio pela solução de EDTA, a pH 10, com o indicador preto de eriocromo T.
1 — INTRODUÇÃO
A dosagem de cálcio e magnésio em soluções pode ser feita rapidamente pelo EDTA (ácido etilenodiaminotetroacético), agente complexante de notável importância em determinações analíticas de cations metálicos (13). Usualmente, o cálcio é dosado a um pH acima de 12, em presença do indicador murexida. Em outra titulação, a pH 10 e com o indicador preto de eriocromo T, obtém-se a soma de cálcio e magnésio. O teor deste último é obtido por diferença.
As determinações em soluções puras são rápidas e precisas (10). No entanto, extraindo o cálcio e o magnésio dos solos, com ácido nítrico diluído (1, 12), podem ocorrer cations que interfiram nas titulações com o EDTA. Os principais são o manganês, o cobre, o ferro e o alumínio.
(1) Trabalho apresentado ao II Congresso Latino-Americano e X Congresso
Brasileiro de Ciência do Solo, realizados em Piracicaba, São Paulo, de 19 a 30 de julho de 1965. Recebido para publicação em 23 de junho de 1966.
Estes elementos, quando em quantidades apreciáveis, tornam difícil precisar o ponto da viragem da murexida. Afetam também, e de maneira bem mais séria, o indicador