Desvendando a Doença de Alzheimer
O mundo vem enfrentando o envelhecimento progressivo de sua população, o que pôde ser observado primeiramente em países desenvolvidos e que nas últimas décadas tem ocorrido em países menos desenvolvidos, entre eles o Brasil. Isso se deve a dois fatores: a uma elevada taxa de natalidade observada em países em desenvolvimento, quando comparada à dos países desenvolvidos e à menor expectativa de vida ao nascer em nações menos desenvolvidas, de 60 anos, comparada à dos países de 1° mundo, que é de 73 anos.
Desde o início da década de 1980, mais de metade da população acima dos 60 anos de idade vivem em países do 3° mundo. Até o ano de 2025 estima-se que ¾ da população idosa viverá em países pobres ou em desenvolvimento e que o Brasil será o 6° país em número de idosos.
Em decorrência desse processo, observa-se um aumento na prevalência de doenças associadas ao envelhecimento, entre elas as demências. As demências são síndromes caracterizadas por déficit progressivo de funções cognitivas, principalmente perda de memória, com prejuízo pra as atividades sociais e ocupacionais do indivíduo.
Entre as doenças causadoras de demência, destaca-se a Doença de Alzheimer, que responde por cerca de 50% dos casos de demência. A doença acomete de 1% a pouco mais de 6% da população a partir dos 65 anos, 20% daqueles com mais de 80 anos e atingindo valores superiores a 50% em indivíduos com 95 anos ou mais. Nos países desenvolvidos, a DA já é a terceira causa de morte, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e para o câncer.
A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva, que gera múltiplas demandas e altos custos financeiros. Deste modo, o avanço da doença se mostra como um desafio para o poder público, instituições e profissionais de saúde, isso em nível nacional e mundial e o conhecimento acerca da doença se torna necessário e imprescindível no desenvolvimento de estratégias e tratamentos, a fim de se lidar com uma epidemia de