Destilação fracionada
Uma centrífuga desenvolvida pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em parceria com a Petrobras, pode colocar o país numa posição privilegiada no setor petrolífero quando o assunto for separar óleo de água. Segundo especialistas, o equipamento é o primeiro disponível no mercado brasileiro e, além de beneficiar a produção do combustível, respeita o meio ambiente, pois trata a água a ser descartada. No recente vazamento de petróleo ocorrido no Golfo do México, considerado o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, uma das soluções adotadas para limpar as águas foi o uso de uma centrífuga. Mesmo não sendo novidade a aplicação desse conceito na limpeza de recursos hídricos, na produção do petróleo seu uso ainda está engatinhando. O aparelho produzido em Itajubá, no sul de Minas Gerais, pode ser de grande valia num futuro próximo. Isso porque o Brasil tem um número considerável de reservatórios que produzem óleo pesado, com a densidade próxima à da água, e essa pequena diferença dificulta a separação entre os materiais. De acordo com o professor do Instituto de Engenharia Mecânica da Unifei Marcos Aurélio de Souza, na indústria do petróleo, é preciso tanto tirar a água do óleo (processo de produção de petróleo) quanto tirar óleo da água (tratamento para descarte no meio ambiente). "Para fins comerciais, o óleo pode ter no máximo 0,5% de água. Já a pureza da água devolvida ao ambiente varia de acordo com a legislação de cada país", diz Souza. No Brasil, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece que a água descartada pode ter no máximo 29mg de óleo por litro. Uma norma internacional estabelece que o descarte feito num navio pode ter no máximo 15mg por litro. Por sua vez, a água usada para reinjeção, quando ela é bombeada por um duto para