DESMATAMENTO NO CERRADO
O cerrado é um dos maiores biomas do território nacional. Localizado no centro do Brasil, é também o mais desmatado: hoje, restam apenas 20% da vegetação original. Entre outras causas da devastação, pode-se citar a agropecuária, principalmente a plantação de soja, que é direcionada para o mercado externo e tem ocupado grandes territórios originais do cerrado.
Além disso, o homem desmata-o para outros fins, como pastagens, para construção e aumento das áreas urbanas e mineração. A falta de cuidado, então, transforma o cerrado todos os dias. O nível de desmatamento é tão alarmante que há uma previsão, feita por pesquisadores da CI-Brasil (Conservação Internacional-Brasil), de que o cerrado possa desaparecer até 2030. As árvores do cerrado são a fonte de energia para milhares de empresas siderúrgicas brasileiras. Estima-se que, todos os dias, aproximadamente 1000 caminhões de carvão sejam abastecidos para serem vendidos para o resto do país.
O fator que contribui para tamanha preferência pelas árvores do cerrado é o valor. Elas são muito mais baratas que outras de ecossistemas diferentes. O ipê é uma espécie muito explorada para ser transformada em carvão, pois não queima muito rápido, é uma madeira dura e de baixo preço. A transformação da madeira em carvão contribui significativamente com a emissão dos gases de efeito estufa, afinal depois de derrubadas, as árvores são cortadas e queimadas nos fornos, emitindo milhares de poluentes. A utilização do carvão vegetal como fonte de energia, então, é extremamente danosa ao meio ambiente.
Quando uma determinada área é completamente devastada, ela é abandonada para que outra seja utilizada como fonte de produção para as carvoarias e esse ciclo vicioso é responsável pela destruição constante do bioma cerrado. Para mudar essa realidade, já foi anunciado pelo Governo uma medida que obrigará algumas empresas a utilizar carvão vegetal de locais reflorestados, destinados a esse