Desmatamento No Amap
Pesquisa desenvolvida por cientistas britânicos e americanos, divulgada pela revista Science, mede a quantidade de animais da Amazônia Legal que podem desaparecer devido ao desmatamento. De acordo com a pesquisa, só no Amapá, cerca de 46 espécies entrariam em extinção.
Os cientistas levaram em consideração o desmatamento ocorrido na Amazônia entre 1978 e 2008. A partir de informações de satélite fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), neste período a Amazônia perdeu 581.400 km de vegetação nativa, o que corresponde a uma área maior que o estado da Bahia.
Os estudos revela também que não existe um número global de espécies que sumiriam da Amazônia. Só no Amapá os cientistas preveem que 46 espécies devem chegar à extinção em poucos anos. Dado contestado pelo superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Amapá (IBAMA/AP), Marcus Keynes, que explica que a pesquisa foi realizada baseada num cenário de desmatamento na Amazônia de 28mil km² de desmatamento por ano.
Vilões do desmatamento avançam na Amazônia
“Essa realidade é baseada em um dado antigo, só para verem que a seis anos atrás, o desmatamento da Amazônia como um todo atingia 27mil km² e desde então foi instituído pelo Governo Federal o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), o que fez com que o desmatamento tenha caído substancialmente nos últimos anos”, conta Marcus.
De acordo com o IBAMA/AP, no estado há poucos focos de desmatamento, a maioria das áreas desmatadas é para dar lugar a criação de gado ou plantação de roças, o que é permitido pela lei. “O PPCDAM está em sua terceira fase e já contribuiu para a queda de 71% nas taxas de desmatamento medido pelo INPE. Só ano passado o desmatamento da Amazônia foi de 6.400 Km², o que já foi constatado uma queda em relação ao ano anterior, e neste próximo mês será divulgado os novos dados e com certeza será ainda menor”, ressalta Marcus