Desigualdade social
Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu profícuo estudo acerca de temas de extrema importância para se compreender as economias de um modo geral, no que concerne à qualidade de vida, em épocas de profundas transformações, decorrentes do atual e avassalador processo de “globarbarização”. Os temas em pauta são: tecnologia e desigualdades sociais. Em ambos os casos, o Brasil continua a apresentar resultado pífio. Pelo menos é o que se comprova à luz das posições alcançadas pelo Brasil num ranking bastante abrangente de países analisados (167 países para o caso da tecnologia e 87 para o caso de exclusão social) pelos técnicos da ONU.
No tocante a questão tecnológica (incluindo pesquisa e desenvolvimento, criação tecnológica e capacidade de formação profissional), o Brasil alcança o 43° lugar, com pontuação de 0,311 (quanto mais próximo de 1, melhor capacitado tecnologicamente encontra-se uma Nação), sendo próximo aos patamares alcançados por Bolívia e Trinidad e Tobago.
Um pouco pior é a avaliação referente ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que avalia três fatores: a) nível de renda per capita; b) investimentos em educação; e c) investimentos em saúde. O Brasil alcançou a 69° posição (IDH de 0,75) – também quanto mais próximo de 1, melhor o grau de igualdade -, se posicionando atrás de Uruguai, Venezuela, Chile, Colômbia e Argentina. Ou ainda, atrás de países sem a menor tradição em qualidade de vida, como são os casos de Letônia, Suriname, Brunei, Malta, Eslovênia e outros. Além do IDH, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) elaborou também o IPH (Índice de Pobreza Humana), que faz estimativas de exclusão social no mundo. Nesse caso, os estudos comprovam que – tomando como base o ano de 1.999 -, 9% da população brasileira (15,1 milhões de pessoas) vivia com até US$ 1/dia. Num ranking de 87