Desigualdade econômica e sua importância
A igualdade a que se referem os atuais defensores do estado, embora seja vaga sobre todos os aspectos, é bem nítida ao condenar as grandes fortunas. Opõe-se às grandes empresas e aos grandes patrimônios. Recomenda-se várias medidas para paralisar o crescimento de empresas privadas e para impor mais igualdade por meio e taxação confiscatória de rendas e de propriedades. E apela para a inveja das massas menos avisadas.
O raiz de toda essa questão sobre a acumulação de capital consiste exatamente na forma como o egoísmo produz os seus efeitos. Em um sistema em que haja desigualdade, o egoísmo impele o homem a poupar e a procurar investir sua poupança de maneira a melhor atender às necessidades mais urgentes dos consumidores. Em um sistema igualitário, essa motivação desaparece.
Mesmo aqueles que consideram a desigualdade de renda e de riqueza uma coisa deplorável não podem negar que ela favorece a acumulação de novos capitais. E é somente o capital adicional que pode produzir progresso tecnológico, aumento de salários e um melhor padrão de vida. É precisamente essa desigualdade que dá origem à cooperação social e à civilização.
‘’Ludwig von Mises, economista defensor do livre mercado, alega que o egoísmo e a desigualdade levam ao desenvolvimento. Conforme ele, essa desigualdade foi de enorme importância na História e por causa dessa desigualdade que foi produzida a denominada "civilização ocidental moderna", que só poderia existir em um lugar onde o ideal de igualdade de renda fosse muito fraco. A eliminação da desigualdade, para Mises, destruiria qualquer economia de mercado.’’