Design
A humanidade levou milênios para aperfeiçoar a arte de transmissão do conhecimento. Infelizmente muitos preferem uma visão “retrô”. Neste post pretendo discutir uma idéia que passeia na minha cabeça a um bom tempo: o efeito negativo do excesso de conteúdo gráfico pode causar em uma equipe de desenvolvimento. Vou além: como vou mostrar neste post, acredito que chegue a causar demência. É a velha questão do determinismo linguístico que me assombra de novo. :)
O problema
Pra variar o problema está no uso inadequado da ferramenta: o conteúdo visual na documentação que normalmente aparece sob a forma de UML. Vi o problema se manifestar de forma concreta em uma equipe em que atuei. No caso, acredito que o problema tenha sido decorrente de um certo deslumbramento com a ferramenta usada: o Enterprise Architect da Sparx Systems (que diga-se de passagem é fantástico). Toda documentação gerada era composta apenas por diagramas UML.
Neste caso via-se claramente uma inversão: o conteúdo imagético que deveria ser um acessório ao texto era o foco e o texto passara a ser um mero acessório. Sei que soa absurdo e nítidamente é um caso extremo porém antes de rotular estes profissionais é fundamental tratarmos aqui de algumas falácias que podem levar a esta situação para, mais à frente, entender os danos que este tipo de situação gera.
“UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS” – OUCH!
Esta é a primeira falácia e acredito que tenha seu fundamento no desespero em se obter a máxima produtividade da equipe. Convenhamos, escrever é difícil e sempre será: não há como fugir. Para começar quem escreve precisa conhecer o objeto a ser descrito. Infelizmente não há conhecimento imediato: ao toparmos com um novo objeto o processo que gera o saber é lento: você precisa interagir com a coisa, dissecá-la, estudá-la. E este é apenas o primeiro passo.
O segundo passo é tentar externalizar este conhecimento. Aparecem